Posse Responsável

 

A procura por animais de estimação no Brasil tem crescido exponencialmente ao longo dos anos, em especial no que se refere a cães e gatos. Tal fator está diretamente correlacionado a maior procura por animais para companhia, sejam de crianças, adultos ou idosos. Infelizmente, caminhando lado a lado a procura, o número de animais abandonados no país também vem crescendo. Segundo a Organização Mundial da Saúde no Brasil, até 2013, a estimativa de animais abandonados era de 30 milhões, refletindo o pouco conhecimento da população no que diz respeito a adoção (posse) responsável.

Por definição, posse responsável é a condição na qual o guardião de um animal de companhia aceita e se compromete a assumir uma série de deveres centrados no atendimento das necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal, assim como prevenir os riscos (potencial de agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros) que seu animal possa causar à comunidade ou ao ambiente. Ou seja, ao adotar um animal o tutor passa a ser diretamente responsável em tudo que diz respeito a ele, incluído alimentação, cuidados médicos, vacinação, prevenção contra zoonoses (doenças transmitidas do animal para o homem), dentre outros. Sendo assim, ao adotar um animal todos esses fatores devem ser muito bem avaliados, para que as condições mínimas de bem-estar animal sejam preservadas.

O abandono de animais, principalmente idosos e doentes, infelizmente é rotineiro não só nos grandes centros urbanos e esse triste cenário nacional se torna bastante explícito, principalmente durante as festas de final de ano, período que ocorre a maior taxa de abandono de pets em decorrência de viagens. Em contrapartida, nessa mesma época do ano a taxa de adoção de filhotes cresce, principalmente para serem dados como presente, o que também por muitas vezes termina em abandono futuro.

Visto tudo isso, a conscientização acerca do tema adoção é de suma importância, já que como exemplificado previamente, é necessária uma auto avaliação criteriosa em todos os sentidos, incluindo capacidade de prover financeiramente o animal,  pois assim como os seres humanos, os pets ficam doentes, envelhecem, precisam ser vacinados e vermifugados periodicamente, precisam ser alimentados de forma adequada; disponibilidade de tempo,  já que como qualquer ser vivo precisam de atenção e carinho; espaço físico disponível e adequado ao porte do animal adotado.

Por fim, a adoção responsável é mais que um ato de amor e retribuição, é um dever, para que assim o seu melhor amigo e companheiro possa viver com qualidade de vida e que essa troca de carinho entre homem e pet seja mútua e duradoura.

 

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Fontes:

 

Macgregor E., Oliveira T. P., Posse responsável e dignidade dos animais. 8° Congresso Internacional de Direito Ambiental.

http://portalms.saude.gov.br/component/tags/tag/oms

https://www.ibge.gov.br/